Entrevista com Kaio Sousa, CIO da EBM: TI e inovação

Helena Dutra

Escrito por Helena Dutra

19 de dezembro 2017| 7 min. de leitura

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Entrevista com Kaio Sousa, CIO da EBM: TI e inovação

 

Apresentamos a você a nova seção do blog do Sienge: o Perfil da Construção.

Este espaço trará entrevistas com profissionais de destaque no setor da construção civil. A ideia é criar um ambiente virtual para que essas lideranças compartilhem suas experiências, técnicas de gestão e visões de mercado.

Esperamos que este se torne um fórum útil no compartilhamento de informações e disseminação de boas práticas. Tudo com base na vivência e no conhecimento de quem sabe o que faz! 

Nosso primeiro Perfil da Construção é Kaio Sousa, CIO da EBM Desenvolvimento Imobiliário, com sede em Goiânia, Goiás.

perfil da construção
Arquivo pessoal/Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Kaio Sousa é tecnólogo em Redes de Computadores pela Faculdade Estácio de Sá de Goiás e possui MBA em Gestão de Projetos pelo Instituto de Pós-Graduação de Goiás (IPOG).

Foi um dos finalistas do prêmio Computerworld IT Leaders 2016 e 2017, que destaca os melhores executivos de TI do mercado brasileiro, com dois cases na categoria de Construção Civil e Engenharia.

SOBRE A EBM

Há 36 anos no mercado, a EBM Desenvolvimento Imobiliário é uma incorporadora consolidada junto ao público de médio e alto padrão. Em 2012, a empresa decidiu expandir a atuação e lançou seu primeiro empreendimento econômico, entregue em 2014.

Tradicional do mercado goiano e com atuação em outros estados do Brasil, a EBM conquistou em 2017, pela décima vez e quinto ano consecutivo, o prêmio Pop List Goiânia. A premiação, uma das mais importantes do estado, destaca as marcas preferidas pelos consumidores.

A seguir, Kaio Sousa conversa conosco sobre sua atuação da EBM e a importância da TI na construção civil.

Sienge – Quando você começou a trabalhar no setor da construção civil?

Em outubro de 2009, quando ingressei na EBM.

Sienge – Você apresentou dois cases que figuraram como finalistas do prêmio Computerworld IT Leaders 2016 e 2017. Fale um pouco sobre eles.

Em 2016, foi desenvolvido um sistema, o SysObra, com base nos estudos realizados no dia a dia, para tornar a gestão das obras mais produtiva e eficaz. Isso garantiu assertividade no cálculo de tarefas para composição da folha de pagamento.

Com essa solução, também foi possível obter informações estratégicas sobre a evolução dos serviços. Os gestores passaram a acompanhar a produtividade e qualidade de forma simples, otimizando os recursos e aumentando a rentabilidade.

Em 2017, dois projetos impulsionaram a área de TI: a migração do CRM Dynamics 2011 para a versão PaaS – Dynamics 365, o que garantiu escalabilidade, mobilidade e integração com outras plataformas. Assim, nossas ferramentas de atendimento ao cliente passaram a estar entre as melhores disponíveis no mercado. Isso manteve o foco da empresa na excelência do atendimento.

Além da migração do CRM Dynamics, iniciamos uma transformação digital interna com a  implantação da rede social corporativa Workplace, do Facebook. Com isso, buscamos promover uma comunicação clara, efetiva e transparente entre os colaboradores, que por sinal se adaptaram muito bem à ferramenta. O resultado foi o aumento da satisfação com o clima organizacional.

Sienge – Quais os principais desafios para um profissional de TI no setor da construção civil?

Um dos desafios do profissional de TI é acompanhar a tecnologia e convertê-la em resultado para a empresa. Precisamos entender como a transformação digital pode agregar valor ao negócio, sabendo conduzir os projetos com eficiência. Dessa forma, o departamento de TI pode se tornar estratégico.

Sienge – Em sua opinião, como o setor está incorporando novas tecnologias?

Percebo que, progressivamente, o setor da construção vem se abrindo para a tecnologia. Antes, o segmento era bem fechado e resistente a inovações.

Hoje, com a revolução digital atingindo todo o mercado, o segmento está buscando se adaptar, adotando soluções inovadoras tanto nos empreendimentos – como os sistemas de automação – quanto dentro do escritório, no backoffice. Os gestores estão mais receptivos à inovação, o que é extremamente favorável para o ramo da construção.

Sienge – A EBM Desenvolvimento Imobiliário busca investir em inovação?

Sim. Além da atualização de nosso CRM [Customer Relationship Management, ou Gerenciamento de Relacionamento com Clientes em português] em 2017, quando quebramos a cultura on premise e passamos a utilizar um servidor em nuvem, planejamos lançar, no segundo semestre de 2018, um aplicativo mobile para aproximar o cliente do setor de pós-venda.

Sienge – Cite uma nova tecnologia que, em sua opinião, é importante para o setor.

A tecnologia mobile é disruptiva para o setor, e ainda são poucas as empresas de construção a investirem nisso. Ao trabalhar na criação de um aplicativo mobile, a EBM espera dar passos à frente para entregar um valor diferenciado ao cliente.

Sienge – A construção civil foi o setor que contabilizou queda mais intensa no PIB em 2017. Além disso, fechou 2016 com a 27ª queda consecutiva. Como a EBM sentiu os reflexos deste cenário de crise?

Em 2016, tivemos o mais alto índice de distrato da história da empresa. O impacto da crise no setor da construção trouxe a necessidade de repensar e modificar processos para assegurar a sustentabilidade do negócio. Nesse sentido, a TI tem um importante papel para gerar soluções que otimizem esses processos e reduzam custos. Felizmente, conseguimos nos recuperar em 2017.

Sienge – Existe alguma competência especial que um profissional de TI precisa desenvolver para trabalhar com construção civil?

O profissional de TI precisa desenvolver a visão sistêmica. Deve “pensar fora da caixa”, não limitar a criatividade, ser visionário para gerar inovações que tragam resultado efetivo à empresa. Assim conseguirá se destacar.

Em breve, o Perfil da Construção trará uma nova entrevista com um profissional de destaque no setor. Não perca!