Conheça 7 construtechs que participaram do Construtalk Recife

Vanessa Farias

Escrito por Vanessa Farias

23 de julho 2018| 12 min. de leitura

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Conheça 7 construtechs que participaram do Construtalk Recife

Segundo o mapeamento do Construtech Ventures de 2018, existem mais de 340 startups do setor imobiliário e da construção no Brasil. São 68 construtechs e proptechs a mais que na edição de 2017 do mapa.
Cada uma dessas iniciativas se propõe a oferecer uma solução diferente para resolver os problemas dos setores. Algumas acabam perdendo fôlego no meio do caminho e não conseguem dar continuidade ao negócio. Mas outras conquistam clientes e potencializam suas vendas com a criação de um processo escalável.
São soluções que vão desde a criação de marketplace até a construção em módulos, tecnologias cada vez mais importantes no cenário atual da construção civil e que valem a pena ficar de olho.
Por isso, o Buildin selecionou 7 construtechs que querem revolucionar o setor para se apresentarem durante o Construtalk Recife, o evento itinerante que discutiu inovação na construção civil.
Confira!

1. PopBIM

A PopBIM é uma construtech nascida em setembro de 2017 no Recife e está incubada no Porto Digital, o maior parque tecnológico do Brasil, desde março de 2018.
A startup auxilia pessoas físicas que ganham até 3 salários mínimos e também pequenos empreendedores a construir sua habitação ou pequenos condomínios. “Oferecemos o projeto, que fazemos por meio da Tecnologia BIM, o planejamento e o orçamento. Além disso, ajudamos no acesso ao crédito aos compradores, no caso, pessoas físicas, já que muitas delas não têm condições de fazer isso. Também conectamos pessoas de baixa renda ao banco”, afirma Jeanne Karlla, CEO da PopBIM.
Na prática, o benefício de se estar dentro do Porto Digital colabora para que as iniciativas tenham mais facilidade de interação com o mercado e investidores. “O Porto Digital é uma vitrine. As pessoas que procuram inovação, vão procurar o Porto. O networking é, certamente, o maior benefício que eu vejo de se estar aqui”, conta Jeanne, que também é arquiteta, especialista em BIM e mestranda em Engenharia de Software.
No Construtalk Recife, Jeanne terá a oportunidade de apresentar a construtech para investidores e grandes empresas do setor da construção, durante o Pitch Time.

2. CoteAqui

O CoteAqui é uma construtech pernambucana que existe desde 2014. Ela é uma das startups do portfólio do Construtech Ventures e tem como objetivo ser um portal de negociações online entre construtoras e fornecedores de material de construção.
A iniciativa também foi acelerada pelo Porto Digital e possui 11 membros na equipe, entre sócios e terceirizados, com um total de 20 clientes até agora.
Na visão de Alyson Tabosa, sócio-fundador do CoteAqui, o Construtalk Recife é uma forma bastante direta de falar com os empresários do setor. “É um passo importante para que as pessoas visualizem a inovação não como uma coisa distante ou de outro mundo, mas como um método científico. E é isso que eu quero trazer para o evento. Vamos mostrar como a tecnologia é feita na prática”, explica Alyson.
Alyson, que é formado em Engenharia da Computação, decidiu empreender na construção civil porque, ao estudar o mercado, percebeu uma série de deficiências no setor que poderiam ser solucionadas por meio de novas ideias. A partir daí nasceu o CoteAqui.
A startup oferece seus serviços em 3 passos:

  1. Você informa os itens que deseja, para qual obra está negociando e quais os prazos
  2. Avalia propostas comerciais completas e compara preços e condições
  3. Fecha negócio com e com quem preferir

3. Reforma Feita

Fundada pelo engenheiro civil Jean Sacenti, a startup nascida em abril, na cidade de Florianópolis, vai viajar até o nordeste para apresentar sua proposta no Construtalk Recife.
O Reforma Feita tem como propósito conectar síndicos com fornecedores de materiais e mão de obra de forma ágil e transparente, gerando economia em reformas condominiais.
Por meio de uma plataforma online, o síndico pode montar seu plano de reformas e receber cotações dos materiais e ofertas das empreiteiras. Assim, todo o processo é feito com transparência aos moradores do condomínio, o que proporciona maior confiança na execução do serviço.
Além da manutenção corretiva, que já é realizada, o Reforma Feita está mapeando os desafios dos síndicos em relação às manutenções preventivas. A construtech já possui 3 clientes no seu portfólio.
“No Construtalk Recife meu principal objetivo é despertar o interesse nesse modelo de negócio e fazer networking com a indústria, fornecedores de produtos da construção e coletar feedbacks de síndicos e moradores de condomínios”, declara Jean, que vai fazer um pitch durante o evento.

4. Molegolar

A startup pernambucana ficou em 1º lugar no ranking de construtechs do prêmio 100 Open Startups e em 27º no ranking geral. A Molegolar busca reinventar o mercado imobiliário.
Com a ideia de tornar os imóveis resilientes, a startup atua por meio da concepção de casas e edifícios compostos por módulos flexíveis que podem funcionar de forma independente ou podem ser combinados entre si para formar unidades de vários tamanhos em qualquer pavimento, a qualquer momento.
Com isso, o desenvolvedor pode moldar sua oferta para qualquer demanda existente, acelerando as vendas e reduzindo os riscos do empreendimento. Nesse sentido, clientes que possuem dois membros em sua moradia podem adquirir outros módulos à medida que a família vai crescendo, sem problemas com escritura, já que cada módulo tem a sua.
Durante o evento, os participantes vão conhecer as inovações da construtech e porque ela tem feito tanto sucesso dentro e fora do Brasil.
Saulo Suassuna Fernandes Filho, CEO e fundador da Molegolar, divide os benefícios da startup em três categorias:

  1. Do ponto de vista do cliente, o benefício de ter um imóvel Molegolar é poder adequá-lo à sua realidade ao longo da vida;
  2. Em relação aos incorporadores, a grande vantagem é não ficar refém de uma oferta de produto. A incorporadora pode adequar a oferta à demanda que se apresentar, o que diminui riscos e aumenta a velocidade de venda;
  3. E para a cidade, o reuso de espaços ociosos permite que eles sejam melhor utilizados.

5. Construcode

A startup baiana conta com 7 pessoas na equipe e começou a criar corpo e escalar há cerca de 6 meses. A Construcode é uma plataforma de gestão de projetos que se compromete em converter o armazenamento de projetos da construção civil em etiquetas escaneáveis.
O aplicativo online gera etiquetas QR Code e permite a visualização das plantas em 2D ou 3D nos canteiros de obras, o que ajuda na tomada de decisões estratégicas para o engenheiro em campo.
A ideia é proporcionar uma compreensão maior sobre cada parte da obra, garantindo que a execução seja fiel ao projeto.
Diego Mendes é o CEO da construtech. Ele é analista de sistemas e engenheiro civil. Depois de trabalhar no setor da construção, Diego notou que o canteiro de obra era muito carente de tecnologia. “Essa falta de tecnologia sempre me incomodou. Eu atuei em grandes obras e via a necessidade de melhorar a execução delas”, conta o empreendedor.
Agora, a Construcode também faz parte do programa de aceleração da Andrade Gutierrez, o Vetor AG. A construtora busca levar soluções inovadoras para as obras pelas quais é responsável e selecionou oito das 140 construtechs inscritas no programa.
Sobre a presença da startup no Construtalk, Diego afirma: “O Construtalk é um evento que consegue reunir empresas do mesmo setor em prol de um objetivo, que é o de inovar a construção civil”.

6. Facilitat

O Facilitat é de Recife e nasceu para prestar serviços de gestão da manutenção e das garantias nas edificações por meio da manutenção predial inteligente suportada por software colaborativo, atuando nas ações preventivas e buscando atuar nos seguintes problemas:

  • Redução de custo no pós-obra
  • Manutenção preventiva nas edificações
  • Manutenibilidade – Exigência da Norma de Desempenho 15575:13
  • Segurança jurídica para incorporadores e construtores
  • Esclarecer responsabilidades entre Incorporadores/construtoras X usuários
  • Assistência técnica inteligente e conectada
  • Otimizar tomada de decisões das construtoras e dos condomínios

A plataforma, que está em fase de lançamento, vem com uma proposta de cuidar das manutenções prediais e atuando por todo ciclo de vida do empreendimento.
O head de operações do Facilitat, Franklin Borges, que também é engenheiro civil, conta: “O start para o nascimento da startup veio de duas grandes empresas do mercado, a Porto Engenharia e a Tecomat Engenharia. A partir dos problemas vivenciados nessas duas empresas é que surgiu a ideia de criar uma construtech”.
Para Franklin, a principal vantagem de se estar no Construtalk Recife é a visibilidade. “O público alvo do evento está diretamente ligado ao nosso objetivo e vamos poder compartilhar e mostrar nosso produto, além de fazer networking”.

7. Marta Inteligência Imobiliária

A Marta Inteligência Imobiliária ajuda empresas a encontrar o cliente interessado no seu empreendimento, por meio da inteligência artificial e análise de dados que consegue identificar 19 potenciais clientes por segundo.
A startup utiliza um algoritmo de combinações que direcionam o objeto da busca para quem procura. Ela sabe quem vende e quem procura. Assim, faz a conexão das duas pontas, aumentando a velocidade dos negócios.
Conheça 4 benefícios da Marta:

  • Acesso aos resultados e valores investidos
  • Clientes impactados ficam com a construtora
  • Repasse dos contatos para os parceiros comerciais direto pela plataforma
  • Clientes acompanhados pela construtora em tempo real

Sand Coutinho, CEO da Marta Inteligência Imobiliária, fará o pitch durante o Construtalk Recife, cidade natal da startup.

PLUS: Case prático Aval Engenharia

Além das construtechs que apresentaram seus pitchs, durante o Construtalk Recife também teve a apresentação de um case prático da Aval Engenharia. A empresa cearense, que existe desde 2000, oferece serviços de gestão integrada lean para obras aliada à inovação tecnológica.
A Aval oferece aos clientes consultoria em modelagem BIM, planejamento e controle de obras.
No evento, o CEO da empresa, André Quinderé Carneiro, mostrou, na prática, como otimizar projetos e fazer a gestão da produção com uso de BIM e lean.
No case em questão, foi utilizado BIM desde a compatibilização e otimização de projetos até a elaboração do orçamento e planejamento da obra, que, aliada à utilização de aplicativos de gestão com conceitos de Lean Construction, trouxe uma melhoria significativa de prazo, custo e qualidade.

Saiba mais sobre construtechs no vídeo com o CEO do Construtech Ventures, Bruno Loreto: