SÉRIE EMPRESAS DO FUTURO: CRISE x CONSTRUTORAS, VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Tomás Lima

Escrito por Tomás Lima

15 de setembro 2015| 5 min. de leitura

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SÉRIE EMPRESAS DO FUTURO: CRISE x CONSTRUTORAS, VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Se a construção civil foi amplamente beneficiada pelo ciclo de crescimento que o Brasil viveu nos últimos anos, agora este mesmo segmento é um dos principais a sentir o peso da retração da economia. A especulação de que o desemprego tende a crescer abala a confiança de quem pensava em adquirir o imóvel próprio e, ainda, a alta dos juros e as novas restrições para aquisição de crédito só agravam a situação.

Diante de um cenário tão pessimista, qual a melhor maneira de lidar com esta crise?

Este é o primeiro conteúdo de três que preparamos para você da série “Empresas do Futuro”, que irá abordar da crise vivida pelo segmento até os melhores investimentos a se fazer para transformar sua incorporadora ou construtora em uma empresa do futuro!

Conforme levantamento realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon) – com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – o setor respondeu por metade dos desligamentos registrados no país no último ano.

Não podemos deixar de levar em conta os escândalos da “Operação Lava Jato”. A prisão dos executivos das maiores empreiteiras do país levanta dúvidas sobre o andamento das principais obras de infraestrutura.

As dívidas das empreiteiras também podem levar os principais bancos do país a perdas que, por sua vez, irão restringir ainda mais a concessão de crédito. Apenas a Odebrecht, cujo presidente Marcelo Odebrecht foi preso em 19 de junho, tem 63 bilhões de reais em dívidas, segundo matéria da Revista Exame.

Restrições de créditos

Uma das situações que mais preocupa o mercado é a da Caixa Econômica Federal. Além da falta de recursos para emprestar, este mês começaram a valer os limites menores para o crédito direcionado à aquisição de imóveis usados. Quando o recurso tem origem a poupança, o teto caiu de 80% para 50% do valor do bem. No caso de dinheiro do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a redução foi de 70% para 40%.

Onde há crise, há oportunidades

O principal desafio para as construtoras é manter a produtividade perante uma economia que se encontra em declínio. Ainda assim, se avaliarmos o histórico das últimas décadas, estamos em uma situação mais favorável que em épocas anteriores, marcadas por mudanças de planos econômicos, congelamentos, ofertas de créditos ainda mais restritivas e inflação descontrolada.

Se o momento apresenta desafios, também oferece oportunidades para as construtoras usarem a criatividade e o conhecimento adquirido ao longo dos anos. Buscar novas soluções e inovações, elevando a qualidade de seus produtos e serviços oferecidos ao mercado, é uma das saídas.

Em alguns segmentos, como o da habitação econômica, a demanda latente pode gerar um aumento de lançamentos. O segmento de alto padrão e luxo é, naturalmente, mais estável quanto a relação de oferta e demanda, uma vez que trata-se de um nicho de mercado para atendimento das altas rendas da população, e deve se manter constante.

Já para as habitações de padrão standard, que atende principalmente a classe média, há maior concorrência. Uma oportunidade pode ser o desenvolvimento de projetos exclusivos, com menos unidades e com diferenciais que garantam maior valor agregado para a venda.

Ou seja, as construtoras e incorporadoras podem sim garantir produtividade neste ano! No próximo post vamos abordar as melhorias de ordem administrativas e operacionais que irão profissionalizar ainda mais a sua construtora, para torná-la uma empresa do futuro! Não perca!
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