Perspectivas para 2019 de Aldo Dórea Mattos

Aldo Dórea Mattos

Escrito por Aldo Dórea Mattos

18 de janeiro 2019| 5 min. de leitura

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Os indicadores apontavam um 2018 melhor do que 2017 para a indústria da construção. E, pelo que leio nos jornais e constato a minha volta, eles estavam corretos. A economia dá sinais de recuperação e vejo que muitos colegas que se viram desempregados estão conseguindo se recolocar. Há indícios de boas perspectivas para 2019 na engenharia civil brasileira.
Como sempre faço em dezembro, vou fazer duas recomendações para o ano que se inicia. Não sei se o leitor vai concordar comigo, mas eis meus palpites.

Perspectivas para 2019 – por Aldo Dórea Mattos

1 – Acredite em PPP

Os entes municipais e estaduais estão todos praticamente quebrados, endividados e sem capacidade de contrair novos compromissos. Enquanto isso, a demanda por infraestrutura só faz aumentar.
As parcerias público-privadas (PPPs) surgem como uma maneira de a Administração Pública atrair investimento privado para destravar o déficit de infraestrutura. Imaginemos que o Governo pretenda conceder à iniciativa privada um certo serviço público. O cálculo da tarifa leva a valores elevados devido ao fato de o custo de construção, operação e manutenção ser alto em relação à receita que aquele serviço gerará.

Como a conta não fecha, a concessão pura e simples do serviço não é autossustentável. Como resolver isso? Através de uma PPP, em que a Administração Pública complementa a tarifa, efetuando o pagamento de uma contraprestação ao titular do contrato.
As PPPs destinam-se àqueles serviços e/ou obras públicas cuja exploração pelo contratado não é suficiente para remunerá-lo. Exemplos são estações de tratamento de esgoto ou ferrovias de baixo movimento.
Destinam-se, ainda, aos serviços que não envolvem o pagamento de tarifa por seus usuários. Alguns exemplos são a construção e operação de hospitais e presídios. Sendo assim, pela incapacidade de o empreendimento se pagar por si só, o governo completa a remuneração do investidor privado. Surge, então, uma verdadeira parceria público-privada.

2 – Aposte em inovação

Pelo que vi em 2018, reafirmo minha aposta do ano passado: aposte em iniciativas ligadas a inovação. No excelente evento Construsummit 2018, evento que o Buildin promoveu há algumas semanas, pude constatar que se trata de um caminho sem volta. As empresas estão, sim, interessadas em conhecer mais e investir em inovação.
Participei como jurado da Vetor AG, a aceleradora de startups que a construtora AG criou para incentivar a produção de ideias e soluções para suas obras. Muitas foram as startups inscritas, com múltiplas áreas de atuação: de redução de água para fabricação de concreto até mapeamento de fornecedores de alimento no entorno de uma grande obra.
Cada startup pensando num aspecto, todas pensando num mindset novo, sem medo de errar, sem medo de refazer a linha de pensamento, sempre prototipando e refinando a solução. As sete empresas selecionadas já estão dando resultado à Vetor AG e à construtora.

3 – Faça um curso à distância

Há dois anos eu fiz um curso sobre aterros sanitários no Coursera. Gostei tanto, que fiz outros cursos, uns bem rápidos, outros mais longos. A quantidade de assuntos oferecidos é enorme. Para não perder o foco, eleja um horário da semana para se dedicar a essa formação.
Recentemente, por indicação de um colega, descobri o LinkedIn Learning, com assuntos novos e uma abordagem diferente. Em vez de módulos longos e enfadonhos, as aulas têm duração de 5-7 minutos. Fiz dois cursos sobre blockchain, assunto que tem me fascinado, e um sobre gerenciamento de obras.
Se você é estudante, abra sua cabeça com esses cursos. Se você é profissional, aumente seus conhecimentos. Se você é empresário, indique ao RH que institua cursos à distância como uma ferramenta corrente de desenvolvimento. Se eu fosse empresário, incentivaria quem os fizesse.

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Meus votos de FELIZ ANO NOVO e sucesso na profissão.
P.S.: Quer ler mais um pouco? Confira quais haviam sido as previsões de Aldo Mattos para 2018!