Novas competências por um lugar ao sol para os engenheiros em 2019

Alexandre Loureiro Ribeiro

Escrito por Alexandre Loureiro Ribeiro

16 de abril 2019| 4 min. de leitura

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É imprescindível falar de novas competências profissionais ao fazer uma análise sobre os últimos anos. Afinal, já faz mais de cinco anos que vimos sentindo as consequências da maior recessão econômica do País.

No entanto, vivemos um boom de crescimento no Brasil no começo da década de 2010. Esse boom foi sentido principalmente com os investimentos em infraestrutura com as obras do PAC, Copa do Mundo e Olimpíadas. Os impactos foram positivos e mexeram muito com o brasileiro. Além disso, inspiraram muitos novos negócios e até profissões, com demanda por novas competências.

Por isso, no começo da década tivemos um ‘apagão’ de engenheiros. Já em 2017, foram formados no país quase 140 mil novos engenheiros. Porém, com a economia estagnada, não há mercado para tantos profissionais de engenharia. Novamente, novas competências precisam ser desenvolvidas.

Esses novos engenheiros, somados a outros tantos que perderam seu emprego, compõem um cenário de opostos, típicos do Brasil, infelizmente.

Assim, os profissionais recém-formados mostram-se perdidos, descrentes do seu futuro. O que parecia ser um mar de rosas alguns anos atrás mostra uma realidade dura de ser encarada.

É comum, hoje em dia, vermos engenheiros das mais diversas especialidades, virando-se com outros trabalhos que lhe garantam, pelo menos, a sobrevivência. Não deixam de ser amostras de novas competências, mas ainda muito distante do ideal.

Um novo horizonte

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Uma boa notícia é que várias projeções para o próximo biênio indicam um cenário de recuperação e crescimento. Ou seja, com a retomada das obras trazendo confiança para a construção civil, que é o termômetro da nossa economia.

E por uma ótica totalmente otimista/realista, essa perspectiva poderá empregar muitos desses novos entrantes como também aqueles que perderam seus postos de trabalho alguns anos atrás.

No entanto, duas perguntas bastante pertinentes são:

  1. O que aprendemos nesse tempo?
  2. Será que estamos preparados para uma retomada da construção? Ou seja, temos as novas competências necessárias?

Novos tempos exigem novas competências

Há pelo menos três anos venho defendendo que o engenheiro atual não pode mais sair das faculdades como eu saí há 30 anos.

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O mercado mudou, o cliente mudou, os processos mudaram, novas tecnologias surgiram e foram implementadas nos canteiros, novos materiais permitem ganhos de produtividade e economia. Até mesmo o perfil das construtoras tende a mudar.

O engenheiro atual precisa saber ao certo o que quer para si. Saber porque cursou engenharia.

Esse é o primeiro e o principal passo para que ele descubra quais as novas competências essenciais que deverá desenvolver para alcançar sucesso na sua profissão.

Liderança, comunicação, visão holística, empreendedorismo, feedback, networking, inovação, ser ensinável, inteligência emocional, dentre outras, são algumas das novas competências demandadas.

Sim, a questão aqui não está relacionada a conhecimento técnico e sim ao comportamental. O conhecimento técnico, assim como a ética profissional na engenharia, são pressupostos.

Assim, aos novos engenheiros fica a dica. Aos mais experientes, fica o alerta.