Construtalk Recife: Saiba tudo o que aconteceu no evento!

Vanessa Farias

Escrito por Vanessa Farias

31 de agosto 2018| 31 min. de leitura

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A 3ª edição do Construtalk ocorreu no dia 23 de agosto de 2018, em Recife, Pernambuco. O evento itinerante que discute inovação na construção civil contou com a presença de cerca de 120 profissionais do setor reunidos no Auditório do RioMar Trade Center. A 1ª edição aconteceu em Belo Horizonte e a 2ª foi em Goiânia.
Com saldo positivo para os envolvidos, o Construtalk Recife teve um público formado, em sua maioria, por decisores, ou seja, profissionais que têm poder direto na mudança de mentalidade da construção civil em relação ao uso de inovação e tecnologia.
A proposta do evento foi mostrar e debater o panorama de inovações e tecnologias disruptivas que impactam o setor. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer cases reais de empresas tradicionais que vêm quebrando velhos paradigmas.
Do outro lado, construtechs também estiveram presentes e mostraram o que as startups estão fazendo para transformar o mercado da construção.
Entre os participantes estavam gestores de construtoras e incorporadoras, empreendedores, investidores e estudantes.
Em nove horas e meia de evento, com direito a coffee break e happy hour, 8 palestrantes abordaram temas que vão desde os caminhos possíveis para a adoção da inovação na construção até cases práticos e a apresentação exclusiva de um programa de aceleração de construtechs.
Além disso, durante o Pitch Time, cinco empreendedores apresentaram suas startups e mostraram ideias inovadoras para o setor.
Durante o debate sobre como conciliar a necessidade de inovação com o mindset da construção brasileira, outros cinco profissionais expuseram suas ideias acerca do tema.

O que é o Construtalk

Idealizado e realizado pelo Buildin, o Construtalk é uma série de eventos itinerantes sobre inovação e tecnologia na construção civil.
Cientes da nova realidade vivida pelo setor com a formação de um grande ecossistema de inovação, cada vez mais, construtoras e incorporadoras estão buscando melhorar produtividade, eficiência e experiência do cliente, além do uso de tecnologias.
Para facilitar o encontro da inovação com o setor da construção, nasceu o Construtalk.

Buildin

Durante o Construtalk, o head de eventos do Buildin, Romário Ferreira, apresentou a proposta do portal.
O Buildin é uma plataforma de conteúdo para a indústria da construção. Produzimos e divulgamos materiais relevantes para os profissionais da construção civil.
Por meio da curadoria de conteúdo, reunimos e organizamos em um só lugar toda informação importante do setor de acordo com o interesse de cada profissional.
Também produzimos material próprio. Todos os meses, publicamos artigos, blogposts, e-books, webinars, produções audiovisuais e cursos.
Possuímos uma equipe de profissionais da indústria da construção atuando como colunistas do Buildin. Eles são responsáveis por tornar o conteúdo da plataforma ainda mais relevante.
Além dos eventos, que ajudam a fortalecer a marca enquanto agregam valor aos participantes.
Veja o que disse Romário sobre o diferencial do Construtalk para outros eventos de mesmo tema:

RioMar Trade Center

O Construtalk Recife foi realizado no auditório do RioMar Trade Center, integrado ao RioMar Shopping. O espaço é próximo ao Porto Digital, o maior e um dos mais importantes parques tecnológicos do Brasil, e fica na Av. República do Líbano, 251, no bairro Pina.

Patrocínio

Master: Vedacit
Gold: Softplan, Construtech Ventures e Duratex
Silver: Aval Engenharia e C.E.S.A.R Labs
Apoio

Acompanhe o resumo de cada palestra do Construtalk Recife e veja fotos e vídeos do evento!
Boa leitura!

Programação completa do Construtalk Recife

Construtech Ventures: Panorama e desafios do mercado de Construtechs no Brasil – Bruno Loreto, CEO do Construtech Ventures

A primeira palestra foi com o CEO do Construtech Ventures, Bruno Loreto, que apresentou o panorama e desafios do mercado de Construtechs no Brasil.
De acordo com a consultoria McKinsey, em 2050, 1,6 bilhões de pessoas não terão moradia digna para viver, um problema de $11 trilhões.
Loreto ainda mostrou que o investimento em infraestrutura deve dobrar nos próximos 15 anos.
Diante dessa realidade, a indústria da construção ainda se apresenta como lenta e ineficiente. No entanto, como argumentou Loreto, existem iniciativas que buscam mudar essa realidade.
O Construtech Ventures surgiu com a missão de fazer a diferença na vida das pessoas por meio da tecnologia e do empreendedorismo.
No Construtech Ventures, são criadas e investidas startups que têm como objetivo resolver problemas reais da indústria da construção e do setor imobiliário.
Eles são responsáveis pela criação do Mapa das Construtechs e Proptechs do Brasil. Em 2018, foram pesquisadas cerca de 350 startups do setor da construção e imobiliário.
Conheça o portfólio atual do Construtech Ventures, que espera chegar a 20 startups até 2020:

Como as construtechs podem transformar o setor?

Segundo uma pesquisa da JBKnowledge, os drones são, disparado, a inovação que as construtoras norte-americanas mais utilizam em sua rotina. 37,8% das companhias optam pelo uso dessa tecnologia, enquanto as construções pré-fabricadas ocupam o segundo lugar de busca pelas construtoras, com 19,9%.

Tecnologia no setor imobiliário

No setor imobiliário, Loreto mostrou o que espera ser visto nos próximos 3 anos, de acordo com a KPMG:

  • Real-time asset performance data (30%)
  • Letting activity (14%)
  • Customer data (23%)
  • Building optimization (17%)
  • Transactions (16%)
Dois tipos de inovação

Bruno Loreto também apresentou que há dois tipos diferentes de se fazer inovação:
– Eficiência
– Modelo de negócio
No âmbito da eficiência, foram apontadas oito startups:

  1. PlanGrid
  2. Doxel
  3. Smartvid.io
  4. MX3D
  5. DroneDeploy
  6. CoteAqui
  7. FullStack Modular
  8. BuiltRobotics

No âmbito de modelo de negócio, Loreto destacou 11 iniciativas:

  1. Opendoor
  2. Point
  3. Cashme
  4. Roofstock
  5. Decorati
  6. QuintoAndar
  7. Lianjia
  8. Blokable
  9. Katerra
  10. Tecverde
  11. WeWork

A revolução digital já começou

Na pesquisa da CBInsights apresentada durante a palestra, as startups focadas no ambiente de obra levantaram $1.1 bilhões nos últimos três anos. Já no mercado imobiliário, só em 2017, foram investidos $1.1 bilhões.
Com base nesse crescimento, vêm surgindo fundos especializados no setor, bem como empresas tradicionais da construção que buscam soluções por meio da inovação e da tecnologia. Projetos como o Alpha Inova, Vetor AG, Hackathon Duratex e outros foram mencionados por Loreto na sua apresentação.
Confira o depoimento de Bruno Loreto sobre as principais tendências no setor da construção civil para os próximos anos:

PIGS: Gerando Startups para a Construção Civil – Eiran Simis, Gerente de Empreendedorismo no C.E.S.A.R Labs

A segunda palestra do dia foi com Eiran Simis, gerente de empreendedorismo no C.E.S.A.R Labs. Ele apresentou o PIGS, Plataforma Integrada de Geração de Startups, criado em parceria com o Sebrae.
O foco é superar obstáculos como falta de demanda, complexidade em montar um bom time, carência de capital e ausência de estratégia de negócios.
O C.E.S.A.R é um instituto privado, sem fins lucrativos e autossustentado que inova em produtos, serviços e empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação. A sua atuação acontece em três pilares:

  • Educação
  • Design e Engenharia
  • Empreendedorismo

Em sua apresentação, Eiran focou nas startups, explicou o conceito, impactos, cenário nacional e principais dificuldades.
O PIGS, por sua vez, segundo Eiran, trabalha em três diferentes etapas:

  • Entender e definir – observação
  • Explorar e prototipar – experimentação
  • Construir e comercializar – aceleração

Na etapa de observação, as atividades são:

  • Imersão
  • Workshop inicial
  • Entrevistas
  • Observações presenciais
  • Briefing de inovação

Na etapa de experimentação, as atividades são:

  • Desafio
  • Summer jobs
  • Hackathons
  • Pré-aceleração

E na etapa de aceleração, os insumos são:

  • Equipe
  • Método
  • Infraestrutura
  • Capital
  • Mentoria
  • Negócios
  • Técnicos
  • Ferramentas
  • Conexões

Eiran também comentou os impactos do programa na cadeia da construção civil de Pernambuco. Segundo os números divulgados pelo palestrante, são:

  • 35 empresas beneficiadas
  • 80 potenciais empreendedores capacitados
  • 25 protótipos testados
  • 5 startups aceleradas

Dentre os benefícios do PIGS aos empresários destacados pelo palestrante estão o maior conhecimento das oportunidades de inovação presentes na sua cadeia de valor e possibilidade de geração de soluções inovadoras para suas empresas.
As vantagens apontadas aos empreendedores são o acesso a oportunidades de inovação relevantes para a cadeia de valor e capacitação em métodos e processos de inovação e empreendedorismo.
Aos investidores, o benefício do programa é a maior qualidade das startups para realização de investimentos.
Confira o depoimento de Eiran Simis:

Os caminhos possíveis para a inovação e a importância do investimento em startups – Thiago Melo, Diretor Comercial da Porto Engenharia e Vice-presidente da ADEMI-PE

Thiago Melo é diretor comercial da Porto Engenharia, empresa que existe desde 1995 e vice-presidente da ADEMI-PE. Mas o que ele tem a ver com inovação? Thiago é investidor de startup e trabalha de perto com novas iniciativas, sobretudo dentro do mercado pernambucano.
Ele conhece os desafios de se montar um negócio e, por isso, sabe como é o “caminho das pedras”.
Em sua palestra no Construtalk Recife, o profissional apresentou o conceito de inovação e o motivo pelo qual é importante inovar. O maior deles: sobrevivência!
A inovação, segundo ele, pode ajudar o setor nas suas diferentes fases:

  • Produtividade: Busca por processos enxutos
  • Custos: Busca pelo fim dos desperdícios
  • Prazo: Maior confiabilidade de entrega no prazo contratado
  • Qualidade: Maior confiabilidade no produto a ser entregue
  • Resultado: Melhorar margem de lucro e acesso a novos mercados

Por experiência própria, Thiago destacou que definir o planejamento estratégico é o primeiro passo. Assim, “você pode pautar suas decisões a partir dele”.
Outro ponto relevante trazido pelo palestrante foi a adoção de um ERP que atenda as demandas da empresa.
Além disso, o palestrante mostrou que as construtoras precisam ser cada vez mais proativas na gestão de suas vendas. “Acabou-se o tempo de esperar uma ligação da imobiliária”, afirmou ele.
O tão discutido BIM também foi pauta da palestra de Thiago Melo. Para ele, o BIM torna as decisões mais rápidas, fáceis e assertivas.
“Inove olhando como melhorar seu cotidiano, na sua empresa. Inove buscando melhorar o que for possível na sua gestão, inove procurando reduzir custos. Converse sobre inovação com seus sócios e colaboradores”, declarou Thiago na sua apresentação.
A relação com as startups é bastante próxima na vida do engenheiro civil. Ele investiu na CoteAqui e na Facilitat, ambas construtechs, que também estiveram presentes no evento. E mostrou os benefícios de se estar próximo desse mercado de inovação e tecnologia constante.  
Confira o depoimento de Thiago Melo sobre o que uma Construtech deve ter, na sua opinião, para receber investimento-anjo:

Molegolar: Habitação resiliente, inteligência artificial e modulação de oferta de produto – Saulo Suassuna, CEO & Founder da Molegolar

A startup pernambucana Molegolar, primeiro lugar no ranking de construtechs do prêmio 100 Open Startups, busca reinventar o mercado imobiliário. E, para isso, aposta na combinação de habitação resiliente, inteligência artificial e modulação de oferta de produto.
A apresentação de Saulo Suassuna Fernandes Filho começou com a exibição de um vídeo que mostra a presença da empresa na mídia e sua divulgação em âmbito internacional.
A Molegolar vem com a ideia de tornar os imóveis resilientes por meio da concepção de casas e edifícios compostos por módulos flexíveis que podem funcionar de forma independente ou podem ser combinados entre si para formar unidades de vários tamanhos em qualquer pavimento, a qualquer momento.
Com isso, o desenvolvedor pode moldar sua oferta para qualquer demanda existente, acelerando as vendas e reduzindo os riscos do empreendimento.
Nesse sentido, clientes que possuem dois membros em sua moradia podem adquirir outros módulos à medida que a família vai crescendo, sem problemas com escritura, já que cada módulo tem a sua.
Na apresentação, Saulo exemplificou que o cliente pode comprar dois módulos de apartamento, viver em um e alugar o outro até que seus filhos nasçam. Saiba mais sobre como funciona a Molegolar aqui.
A intenção é reduzir espaços ociosos, otimizar as áreas construídas, diminuindo a geração de resíduos e o desperdício de energia e recursos naturais do planeta em novos edifícios.
Confira o depoimento de Saulo Suassuna sobre o motivo pelo qual, na sua visão, a Molegolar conquistou o primeiro lugar no ranking de construtechs do prêmio 100 Open Startups:

Debate: Como conciliar a necessidade de inovação com o mindset da Construção Brasileira

Para falar sobre esse tema, foram convidados:

  • André Araújo – Empreendedor e Gestor da Área de Startups do Porto Digital

  • Fellipe Sabat – Gestor do Programa de Apoio a Startups da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco

  • José Antônio de Lucas Simón – Presidente do Sinduscon-PE

  • Raymundo Dórea – Diretor da Engpiso

  • Moderação: Thiago Melo – Diretor Comercial da Porto Engenharia; e Vice-presidente da ADEMI-PE

Thiago Melo, moderador do debate, começou o bate-papo com a seguinte provocação: “o que podemos considerar como inovação?”.
Para André Araújo, empreendedor e gestor da Área de Startups do Porto Digital, inovação tem a ver com uma nova proposta de valor. “Se você busca por inovação, esse valor vai gerar um potencial diferente e maior efetividade na gestão de projetos”, garantiu.
Mencionada por André, o caso da iniciativa PIGS é um bom exemplo: conectar grupos de empresas com a base que sabe e se propõe a fazer inovação. “Investir em inovação aberta é fazer parte da mudança”.
Em seguida, Thiago questionou Fellipe Sabat, gestor do Programa de Apoio a Startups da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco, sobre como está o  ecossistema de inovação na região nordeste em relação às outras áreas do país.
Na sua perspectiva, o ecossistema do nordeste ainda está atrás se comparado às regiões sul e sudeste. “Mas de acordo com uma recente pesquisa feita pela Associação Brasileira de Startups, Recife é a cidade nordestina mais desenvolvida quando o assunto é inovação”, disse Fellipe.
Raymundo Dórea, diretor da Engpiso, empresa baiana que tem mais de 20 anos de mercado, foi enfático: “quem não muda, dança”. Segundo ele, para se inovar, o erro é inevitável.  “Apesar de sermos da área de exatas e sermos avessos ao erro, na inovação isso vai acontecer, mas sempre com um bom planejamento, é claro”, declarou.
Para finalizar, José Antônio de Lucas Simón, presidente do Sinduscon-PE, afirmou que a questão processual pouco mudou ou evoluiu. “Ainda temos a mesma gama de processos. Não que esteja errado, mas acreditamos que eles precisam passar pela inovação para serem melhorados ao longo do tempo”.
Confira o depoimento de Raymundo Dórea sobre como conciliar a necessidade de inovação com o mindset da construção brasileira:

Case prático: Otimização de Projetos e Gestão da Produção com uso de BIM e Lean – André Quinderé Carneiro, CEO da Aval Engenharia

Após a pausa para o almoço, foi a vez de André Quinderé Carneiro se apresentar. André é CEO da Aval Engenharia e apresentou um case prático sobre otimização de projetos e gestão de produção com uso de BIM e Lean.
A Aval Engenharia utiliza metodologia com potencial de reduzir em até 15% o custo de produção da obra. No case em questão, foi utilizado BIM desde a compatibilização e otimização de projetos até a elaboração do orçamento e planejamento da obra, que, aliada a utilização de aplicativos de gestão com conceitos de Lean Construction, trouxe uma melhoria significativa de prazo, custo e qualidade.
Em um slide, o palestrante resumiu a importância do pensamento Lean:

Em sua apresentação, André também destacou um dado relevante: mundialmente, o aumento da produtividade na construção fica aquém da manufatura e da economia total.

Além disso, André explicou os objetivos de se utilizar a modelagem BIM e seus benefícios, como:

  • Equipe de modelagem multidisciplinar
  • Checagem além dos conflitos entre disciplinas
  • Reuniões estruturadas com os projetistas
  • Parametrização das regras de checagem

Orçamento 5D, feito como ferramenta de gestão no canteiro, proporciona, segundo a apresentação do palestrante, alto nível de assertividade dos quantitativos, memória de cálculo visual, link BIMxERP e possibilidade de simulações.
Com essas tecnologias, o próximo passo é a melhoria da produtividade. A construção civil sofre com altas taxas de improdutividade no setor. O uso do BIM e do pensamento Lean são capazes de diminuir a dificuldade de mapeamento de desperdícios, amenizar a falta de informação durante o processo produtivo, criar maior alinhamento entre o que foi planejado, a produção e a qualidade, além de diminuir os custos no canteiro.
Confira o depoimento de André respondendo à pergunta: por que o BIM ainda não foi adotado em larga escala no Brasil?

Conheça com exclusividade o programa de aceleração de Construtechs da Vedacit – Luis Fernando Guggenberger, Gerente de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit

Atenta ao movimento de inovação e transformação do setor da construção, a Vedacit lança o Vedacit Labs, programa de aceleração de startups, a fim de aproximar ainda mais as construtechs às estratégias de inovação da companhia. O Construtalk foi palco do lançamento dessa mais nova iniciativa da empresa.
Ainda que a Vedacit esteja se associando cada vez mais à inovação e startups do setor da construção, a empresa nasceu décadas atrás, em 1936, quando foi inaugurada a primeira fábrica depois que o casal Otto Baumgart e Marianne Baumgart comprou um grande lote na zona norte de São Paulo.
A empresa familiar começou a produzir impermeabilizantes que eram vendidos aos clientes da região, porta a porta, como contou Luis Fernando Guggenberger em sua palestra.
Luis também destacou a sustentabilidade como “um driver para a inovação”.
Sobre o Vedacit Labs, o palestrante explicou como funcionará a iniciativa. A Vedacit é a primeira empresa do segmento de impermeabilização a criar um programa de aceleração corporativa de startup no país. O projeto vai selecionar cinco construtechs para serem impulsionadas a partir de março de 2019.
Aos empreendedores que desejam se inscrever no Vedacit Labs, Luis salientou que a partir do dia 24 de setembro de 2018 as inscrições estarão abertas neste site.
O programa de Inovação Aberta tem como objetivo selecionar startups que seguem duas áreas:
– Digital

  • Internet of Things – IoT (sensores)
  • Plataformas para a capacitação de Pedreiros, Aplicadores e o Faça Você Mesmo (DIY)
  • Plataformas para a indicação de profissionais
  • Plataformas e serviços para diagnóstico, gestão e monitoramento em obras
  • Inteligência Digital (BIM, E-Commerce, CRM, IA)

– Impermeabilização

  • Soluções para impermeabilizar sistemas de captura e reuso de água
  • Serviços para impermeabilizar habitações na baixa renda
  • Soluções e Serviços para a melhoria dos processos construtivos nas etapas de impermeabilização

Em nome da Vedacit, Luis falou da importância de contribuir com inovação e construção do ecossistema por meio das construtechs. “As startups serão fundamentais para contribuir nesta nossa jornada de expansão”, afirmou.
As iniciativas participantes do programa terão Seed Money no valor de R$100 mil reais para cada, seis meses de residência no WeWork em São Paulo, quatro meses de aceleração em parceria com a Liga Ventures e o incentivo para geração de negócios no segmento de construção.
Confira o depoimento de Luis sobre a relação da Vedacit com as construtechs:

CoteAqui: Como fazemos tecnologia na prática – Alyson Tabosa, Sócio-fundador da CoteAqui

O CoteAqui, startup pernambucana, mostrou como a sua tecnologia é feita na prática, como ela influencia modelos econômicos e como as startups podem ser as principais parceiras do mercado nessa transformação.
A construtech existe desde 2014 e é uma das iniciativas do Construtech Ventures. O objetivo é ser um portal de negociações online entre construtoras e fornecedores de material de construção.
Alyson Tabosa, que é formado em Engenharia da Computação e palestrou no evento, decidiu empreender na construção civil porque, ao estudar o mercado, percebeu uma série de deficiências no setor que poderiam ser solucionadas por meio de novas ideias. A partir daí nasceu o CoteAqui.
Em sua apresentação, Alyson explicou como funciona, na prática, o trabalho da startup. Como reforçou em sua fala, e-mails e planilhas não são as ferramentas mais eficientes para trabalhar cotações. O CoteAqui vem para solucionar o problema de cotação de material de construção, tudo isso de maneira online.
A startup oferece seus serviços em 3 passos:

  1. Você informa os itens que deseja, para qual obra está negociando e quais os prazos
  2. Avalia propostas comerciais completas e compara preços e condições
  3. Fecha negócio com e com quem preferir

O “botão CoteAqui”, como citou Alyson, pode ser adicionado ao sistema de gestão utilizado pelo profissional cliente e, a partir dele, podem ser feitas solicitações de compras que se deseja cotar.
O papel do comprador, segundo o palestrante, não fica prejudicado, ao contrário. A tecnologia da startup o ajuda a entrar em contato com os melhores fornecedores, solicitar contrapropostas e fechar o negócio que for melhor para a sua empresa.
Confira o depoimento de Alyson sobre os principais benefícios do CoteAqui e os desafios de se empreender:

Pitch Time: Conheça e interaja com construtechs promissoras do mercado

Moderação: Bruno Loturco, Head de Conteúdo do Buildin

Para finalizar o evento, cinco startups do setor da construção civil fizeram seus pitchs para uma plateia formada por profissionais de construtoras, investidores e também empreendedores.

PopBIM

A PopBIM, da CEO Jeanne Karlla, foi a primeira a se apresentar. A startup nasceu em setembro de 2017 no Recife e está incubada no Porto Digital, o maior parque tecnológico do Brasil, desde março de 2018.
Ela auxilia pessoas físicas que ganham até 3 salários mínimos e também pequenos empreendedores a construir sua habitação ou pequenos condomínios. “Oferecemos o projeto, que fazemos por meio da Tecnologia BIM, o planejamento, o orçamento e o financiamento”, disse Jeanne durante o evento.

Reforma Feita

Eu seu pitch, o engenheiro civil Jean Sacenti, CEO da startup Reforma Feita, apontou um dado curioso: os condomínios brasileiros movimentam mais de R$165 bilhões por ano. Desse valor, 15% são destinados para as manutenções preventivas e corretivas. São quase R$25 bilhões em produtos e serviços.
A startup estuda as maiores dificuldades que os síndicos enfrentam no processo de manutenção condominial. Dentre elas:
– Desperdício de tempo

  • Na organização de documentos
  • Contatando prestadores de serviço

– Prestação de contas

  • Dificuldade em transparecer uma boa gestão das manutenções ao conselho e moradores

– Estresse, incerteza e dor de cabeça

  • Perda de controle das manutenções prediais

– Históricos e registros perdidos entre síndicos

  • Não há uma boa gestão do conhecimento e registros, impossibilitando uma boa troca de gestão entre síndicos

Diante desses empecilhos, a Reforma Feita se propõe a ser o “pipefy das manutenções prediais”, como afirmou Jean. A construtech oferece:

  • Status de cada manutenção
  • Checklist prontos e editáveis
  • Relatórios automáticos personalizáveis
  • Comunicação ágil e centralizada com prestadores de serviço e funcionários do condomínio
  • Registro automático e histórico
  • Gráficos estratégicos

Facilitat

O Facilitat é de Recife e nasceu para prestar serviços de gestão e das garantias nas edificações por meio da manutenção predial inteligente suportada por software colaborativo.
A startup atua nas ações preventivas e busca trabalhar nos seguintes problemas apresentados pelo head de operações, Franklin Borges:

  • Redução de custo no pós-obra
  • Manutenção preventiva nas edificações
  • Manutenibilidade – Exigência da Norma de Desempenho 15575:13
  • Segurança jurídica para incorporadores e construtores
  • Esclarecer responsabilidades entre Incorporadores/construtoras X usuários
  • Assistência técnica inteligente e conectada
  • Otimizar tomada de decisões das construtoras e dos condomínios

A plataforma, que está em fase de lançamento, vem com uma proposta de cuidar das manutenções prediais e atuando por todo ciclo de vida do empreendimento.
Franklin, que também é engenheiro civil, contou: “O start para o nascimento da startup veio de duas grandes empresas do mercado, a Porto Engenharia e a Tecomat Engenharia. A partir dos problemas vivenciados nessas duas empresas é que surgiu a ideia de criar uma construtech”.

Construcode

A startup baiana começou a criar corpo e escalar em 2018. A Construcode, apresentada pelo CEO Diego Mendes, é uma plataforma de gestão de projetos que se compromete em converter o armazenamento de projetos da construção civil em etiquetas escaneáveis.
O aplicativo online gera etiquetas QR Code e permite a visualização das plantas em 2D ou 3D nos canteiros de obras, o que ajuda na tomada de decisões estratégicas para o engenheiro em campo.
A ideia é proporcionar uma compreensão maior sobre cada parte da obra, garantindo que a execução seja fiel ao projeto.
Agora, a Construcode também faz parte do programa de aceleração da Andrade Gutierrez, o Vetor AG e pela Okara Hub.
Confira o depoimento de Diego sobre o que startups como a Construcode esperam de eventos como o Construtalk:

Marta Inteligência Imobiliária

A última iniciativa a fazer seu pitch foi a do CEO Sand Coutinho. A startup pernambucana ajuda ajuda empresas a encontrar o cliente interessado no seu empreendimento, por meio da inteligência artificial e análise de dados que consegue identificar 19 potenciais clientes por segundo.
A startup utiliza um algoritmo de combinações que direcionam o objeto da busca para quem procura. Ela sabe quem vende e quem procura. Assim, faz a conexão das duas pontas, aumentando a velocidade dos negócios.
Dentre os benefícios da Marta, estão:

  • Acesso aos resultados e valores investidos
  • Clientes impactados ficam com a construtora
  • Repasse dos contatos para os parceiros comerciais direto pela plataforma
  • Clientes acompanhados pela construtora em tempo real

Networking Time

Veja como foi o Coffee-Break e Happy Hour, momento ideal para aumentar sua rede de contatos:

Quer mais?

Além de disseminar a cultura de inovação na indústria da construção, o Construtalk uniu diferentes empresas do setor, propiciando a abertura de novos negócios e difusão de conhecimento.