Construsummit 2018: construção offsite garante rapidez e sustentabilidade

Bruno Moreira

Escrito por Bruno Moreira

2 de janeiro 2019| 5 min. de leitura

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Em sua palestra sobre construção offsite no Construsummit 2018, Gerry McCaughey traçou um panorama do mercado de FIOSS (Fully Integrate OffSite Solution ou Soluções OffSite Totalmente Integradas para moradias, em português) na Europa e estabeleceu os benefícios desse tipo de sistema em comparação a métodos de construção tradicionais.

 

Conforme McCaughey, fundador e CEO da Entekra e da Century Homes, a construção offsite não é um sistema novo. “Minha família está há 50 anos neste ramo. Nos EUA e em outros lugares do mundo costuma-se dizer que é disruptiva. Eu agradeço, mas discordo. Na Europa é apenas como as casas são construídas. E a razão disso é porque se trata de um processo, mais rápido, seguro e sustentável”, explica.

Contexto sócio-econômico da construção offsite

O aumento de padrões de eficiência energética, a escassez de mão de obra e o aumento da demanda por habitações nos anos 90 foi o que fez com que muitos países na Europa adotassem o sistema offsite como solução. “Precisávamos construir casas com menos dinheiro e sustentáveis”, diz McCaughey.

Assim, em 2005, a Escócia, por exemplo já tinha 70% de suas habitações construídas desse modo. Atualmente, este número chega a 80%. Na Escandinávia as construções offsite representam 95% das moradias.

Para ele, o sistema FIOSS seria uma importante ferramenta para melhorar os níveis de produtividade da construção civil, que estão caindo em todo mundo. Contudo, diz, o setor é muito avesso a mudanças.

Nos EUA, por exemplo, conforme McCaughey, o mercado da construção civil está despencando. Ainda assim, o país continua preso à sua tradicional maneira de construir. Ou seja, assim como a FIOSS, baseada na construção de casas em madeira. No entanto, com a diferença das habitações serem edificadas totalmente ou majoritariamente no local.

Desenvolvimento de projetos

Com o FIOSS, explica McCaughey, desenvolve-se primeiro o modelo da habitação em um software antes de montá-lo no local. “A beleza de construir a casa no computador é saber quais são especificamente os componentes que serão usados. Isso diminui o desperdício”, afirma. Ou seja, trata-se de investir em engenharia civil.

Além disso, a tecnologia permite a redução da necessidade de mão de obra geral e sofisticada, aumenta a produtividade e a qualidade. Assim, reduz também o impacto relacionado a intempéries.

Segundo McCaughey, em termos comparativos, o sistema FIOSS traz muito mais celeridade ao processo construtivo do que o sistema empregado nos EUA. “Uma casa de 232 m² no sistema offsite foi feita em três dias por quatro homens. Outra casa do mesmo tamanho é feita por cinco ou seis homens em 18 dias no método de construção on-site”, diz McCaughey.

Em outra comparação, enquanto uma habitação no sistema Stick Framing é montada em 15 dias, no sistema FIOSS, nesse mesmo período, 13 casas são montadas. “A melhoria da produtividade é de 507%. Mas nem esse número é suficiente para convencer os construtores norte-americanos a mudarem”, conclui.

 

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