Servidor próprio x servidor na nuvem: entenda qual é melhor para sua empresa

Tomás Lima

Escrito por Tomás Lima

13 de julho 2018| 13 min. de leitura

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Servidor próprio x servidor na nuvem: entenda qual é melhor para sua empresa

Vamos ajudar a entender as diferenças entre esses dois tipos de servidor de dados para te ajudar a determinar o que é melhor pra sua empresa

Muitas empresas acreditam que investir em manter um servidor próprio é a melhor saída para manter a segurança dos seus dados, mas isso nem sempre é verdade. É comum embarcar na ilusão de que proximidade física do servidor vai trazer mais segurança, quando na verdade, pode gerar ainda mais trabalho.

Cerca de 40% das empresas brasileiras já sofreram com a perda de dados. Você com certeza já perdeu algum arquivo porque a sua máquina estragou ou qualquer outro problema corriqueiro. Mas quando estamos falando do banco de dados de toda a empresa, uma perda pode significar negócios parados e um imenso prejuízo. Só em 2017 o Brasil teve um prejuízo de US$22 bilhões só com ataques cibernéticos.

Um servidor inseguro também pode ser um prato cheio para os hackers praticarem o chamado sequestro de dados, quando um criminoso se apropria dos seus dados, modifica-os, impede que você os acesse e ainda exige pagamento para devolvê-los. Vamos entender melhor como prevenir esses problemas:

O que é um servidor de dados?

Você provavelmente já foi a algum órgão público e ouviu a seguinte frase: “Não vai dar, o sistema caiu”. Muitas vezes isso quer dizer que o “sistema” está com dificuldade de acessar o servidor de dados, ou data center. É nesses locais que ficam armazenados os bancos de dados que alimentam os sistemas de vários órgãos e empresas.

Mas qual o motivo disso?

Acontece que quando trabalhamos com informação, seja num ERP, num sistema que registra itens de vendas em um supermercado, ou o sistema de um banco, é preciso armazenar esses dados também fisicamente em algum lugar. Muitas empresas possuem o data center próprio. Pode ser que você conheça o servidor de dados como aquela sala meio escura da sua empresa onde o ar condicionado está sempre ligado e o pessoal de TI trabalha.

Porém, o que é tendência hoje quando se trata de armazenamento de dados, é que eles estejam “na nuvem”. As fotos que você posta no Facebook por exemplo, estão armazenadas em uma das salas que compõem o servidor de dados do Facebook.

Ou seja:

Quem administra e garante a segurança dos seus dados na rede social é o próprio Facebook. Os emails enviados através de serviços como o Gmail estão armazenados em um dos grandes data centers do Google. Aliás, se formos falar sobre construção, alguns destes data centers são obras enormes.

Mas e agora, o que é melhor para usar na sua empresa? Vamos aos prós e contras do servidor próprio e do servidor na nuvem:

O servidor próprio

Os servidores de dados próprios precisam de uma equipe de TI para montar e dar manutenção e de uma certa infraestrutura para funcionarem. Geralmente, é necessário de uma sala com refrigeração e abrigo da luz do sol. Isso acontece porque os servidores em funcionamento aquecem muito, e por isso precisam de locais refrigerados para se manterem. A luz solar, nem é preciso dizer, também influencia na temperatura do ambiente, por isso a escuridão.

Outros recursos que precisam ser garantidos para o bom funcionamento de um servidor são a disponibilidade de energia elétrica constante e uma equipe qualificada para fazer a montagem e a manutenção. Alguns ainda possuem gerador próprio ou no-break para prevenir perda de dados com a falta de luz.

Custos

Toda essa infraestrutura, é claro, representa um gasto considerável para as empresas com energia elétrica (tanto para refrigeração quanto para manter o servidor) e com pessoal qualificado.

Manutenção 

Uma das vantagens de ter o servidor próprio é que quando ocorre algum problema, é mais fácil cobrar da sua equipe de TI e tentar resolver tudo mais rápido. Porém, quando a manutenção não é feita da forma correta, isso pode comprometer o trabalho de toda a empresa.

Segurança

Quanto à questão da segurança, se os profissionais responsáveis pelo data center forem habilidosos, podem gerenciar a segurança de forma correta, fazendo backups rotineiros e gerenciando os usuários e senhas. Além disso, é de certa forma reconfortante conseguir ver onde estão seus dados fisicamente, dando a impressão de maior controle sobre eles.

Mas tem um porém:

Sem boas atitudes preventivas de segurança, isso deixa de ser verdade, pois hoje existem muitos ataques de hackers que sequestram dados sigilosos de empresas e clientes, podendo até pedir resgate. Veja o exemplo na rápida reportagem abaixo.

O problema é que muitas vezes isso torna as empresas dependentes de um colaborador ou de uma equipe para resolver vários problemas. As restrições de acesso também podem causar dores de cabeça, pois as vezes é necessário inserir um dado urgentemente e apenas uma pessoa tem o acesso ou pode conceder o acesso.

Portabilidade

Um grande empecilho do servidor próprio se dá quando é necessário acessar os dados longe do escritório. Em setores como o da construção, isso é muito comum, pois as obras são em diferentes lugares e o local de trabalho muda rotineiramente. Quando se utiliza um servidor próprio, é necessário usar protocolos de acesso remoto para conectar um computador a um servidor que está longe através de VPN ou FTP por exemplo.

E qual o resultado disso?

Uma dificuldade enorme para quem não tem grandes conhecimentos em tecnologia. Porém, quando se está no escritório, a conexão com o servidor próprio pode até ser mais rápida do que se estivesse na nuvem.

 

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O Servidor na Nuvem, Datacenter, Computação na Nuvem ou Cloud Computing

Hospedar os dados na nuvem quer dizer colocar os seus dados em um datacenter gerenciado por uma empresa especializada no assunto. Essa prática também é conhecida por cloud computing. 

De acordo com a Convergência Digital, mais de 50% das empresas já usam computação na nuvem!

Para aderir a esse tipo de serviço, a empresa apenas precisa pagar por uma assinatura para a empresa que gerencia o servidor na nuvem e essa empresa é quem vai gerenciar a segurança dos dados, fazer backups, fornecer proteção contra invasão de hackers, etc. 

Migrar para a nuvem é mais fácil do que parece. Você ainda tem a opção de não se desfazer do seu servidor próprio logo de cara e ir testando o servidor na nuvem aos poucos, utilizando um serviço híbrido. Essa não é a solução ideal, mas é uma alternativa para quem se sente inseguro de migrar todas as suas informações para a nuvem. 

Custos

Hoje em dia, 77% das empresas que investem em um data center externo apontam uma redução de custos. Não há gastos com infraestrutura ou energia elétrica, apenas com a assinatura, que varia de fornecedor para fornecedor.

No caso do Sienge, existe uma parceria com o servidor na nuvem da IBM Cloud, o Softlayer. O Sienge é o intermediário que faz a ponte da hospedagem do seu banco de dados e do sistema no servidor da IBM, que conta com toda a qualidade e tradição de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. 

Manutenção

Praticamente não há manutenção a ser feita, ou pelo menos ela não vai mobilizar toda a sua equipe de TI, que pode focar em outras áreas estratégicas para a empresa. Esse serviço deve estar incluso quando da contratação do servidor na nuvem. A equipe de TI responsável também faz manutenções preventivas tanto na base de dados quanto no servidor em si, e sempre fora do horário comercial (geralmente de madrugada) para evitar interrupções de serviço para os clientes.

Segurança

Essa é uma das maiores preocupações das empresas quando estão decidindo entre o servidor próprio e a nuvem. De acordo com o Estudo de Tendências de Tecnologia da IBM de 2012, 62% dos entrevistados classificaram a segurança como a barreira mais significativa na ativação da mobilidade em suas organizações.

Para ter certeza de que os dados da sua empresa estarão seguros, é importante garantir que você confia no fornecedor do servidor na nuvem. O mais garantido é apostar nas grandes players do mercado.

Empresas como Dell, Microsoft e IBM oferecem serviços de hospedagem na nuvem através de intermediários. Essas empresas intermediárias geralmente são especialistas em gerenciar dados: todos os seus esforços e serviços são voltados para isso através de protocolos de segurança, equipes qualificadas e várias outras medidas que evitam invasões e sequestro de dados.

No caso do Sienge, todas essas responsabilidades são nossas, e temos a certificação IBM de qualidade em segurança que garante a qualidade de nossos serviços.

Outra grande preocupação é com a desconfiança de que os dados da empresa serão vendidos para terceiros e até mesmo com espionagem industrial. É importante verificar os termos de adesão ao servidor na nuvem, mas é praticamente garantido que a segurança é um dos principais itens a serem levados em conta. As empresas que fornecem os servidores não têm a autoridade de comercializar ou disponibilizar seus dados a terceiros sem o seu consentimento.

Portabilidade

Acessar os dados na nuvem é tão simples quanto acessar a internet. No caso do Sienge, que é um ERP já 100% web, que funciona no seu navegador, os seus dados podem ser acessados da mesma forma. O melhor é que há protocolos de segurança https que garantem a segurança dos seus dados de onde estiver. Perfeito para empresas do ramo da construção, que estão sempre com locais de trabalho móveis e diferentes.

Quanto à velocidade do funcionamento do sistema, em alguns casos pode ser que a ela seja menor. O serviço que o Sienge oferece conta com servidores no data center com desempenho bem acima dos convencionais em termos de processamento, o que impacta no desempenho do sistema positivamente.

E então, conseguiu decidir o que é melhor para a sua empresa?

A verdade é que a hospedagem de dados na nuvem é a alternativa mais popular e que vem crescendo nos últimos anos. O principal motivo para utilizar a nuvem é que essa forma de armazenamento de dados permite às empresas economizar muito com infraestrutura e TI, além de garantirem a mobilidade do local trabalho. A principal desconfiança segue sendo com a segurança dos dados, que é uma preocupação válida, mas desnecessária frente às precauções que os fornecedores tomam para prevenir perdas de dados e invasões de segurança.